sexta-feira, 19 de junho de 2009

AO PÉ DA NOSSA JANELA


Dário Teixeira Cotrim

Poesias – há quanto tempo eu não lia um livro de poesia assim! Ao pé da nossa janela, um belíssimo livro de poemas de Maria Cláudia “Cau” Alexandre e Jeanne Chaves: perfeito na sua linguagem, na construção dos seus versos, e nos assuntos do coração que se desdobra de alegria de tão viva emoção. Por fim, muito mais atraente se faz o livro na união de duas forças poéticas. Como se vê não se trata aqui de uma obra de grande vulto, mas ela é, sem dúvida, um livro palpitante onde o entusiasmo pela vida e pela arte se resume numa doce manifestação de amor. Pois, li-o duas vezes, aliás, três vezes, deslumbrado! Encantado!

A poesia foi, inicialmente, sentimento. Escutava o homem, em silêncio, a voz íntima que lhe falava o coração. Hoje, no momento em que a poesia começa a viver de contradições entre uma estrutura literária arcaica – do sentimento – e as necessidades de uma mudança para socorrer as exigências do mundo virtual, é que brota das mãos mágicas de Cau Alexandre e Jeanne Chaves – as escultoras das artes literárias – o belíssimo livro de poesias: Ao pé da nossa janela. Pela importância da obra deveriam ser aqui duas apresentações totalmente independentes. Uma que discorresse sobre a nova postura em construir poemas – de Cau Alexandre – e a outra – de Jeanne Chaves – onde o seu ideal poético se fez, ao mesmo tempo, dos sonhos mais lindos. Mas, não é não. Unas eles estão numa mesma apresentação, enfeitando com carinho a imaginação de suas autoras no burilar das palavras.

No primeiro momento notamos que a escrita de Cau Alexandre adapta-se, muito bem à musicalidade, com a dança das palavras. Até porque, a necessidade das palavras formando expressões e frases que explodem no contexto de sua obra, é-lhe uma busca incessante de sua substância ígnea. O seu poema Cálido expressa de relance o desejo erótico dentro de uma mansidão nos intervalos da tempestade. Na seqüência, nos seus versos encontramos em Bailemos e Morena, dois poemas ricos de ritmos musicais na versatilidade da aliteração. E, outrossim, outros dois poemas Palavras e Preciso de Palavras, não obstante aos demais que compõem o livro, estes contêm o princípio mais sólido do desejo feminino (o amor) e as idéias mais sublime do explode coração (a paixão). No estudo da poesia de Cau Alexandre notamos que ela se encaixa num rápido clarão de beleza e graça!

Depois da sensação agradável que tivemos com a leitura dos poemas de Cau Alexandre, essa mesma sensação retorna agora com a escrita de Jeanne Chaves. Uma outra face retratada com ar primaveril e que a autora explora o conceito e a imagem com exatidão. A imagem é que lhe dá expressão ao pensamento e o conceito a profundidade das imagens exatas. Há, por outro lado, mistérios em excesso nas entrelinhas de seus poemas e, também, a metáfora que habita em sua obra e que lhe dá firme consistência. - Por que há som no desejo? Talvez a resposta desta indagação possa ser encontrada no poema alienado. Mas, sem descurar o ritmo, há um trocadilho perfeito nos versos de Jeanne Chaves, principalmente no poema Meio motivo inteiro do tempo. Na verdade, aqui estão as “divas” da literatura nordestina, com exuberância de vida e a sensualidade literária cada vez mais desejada num ritmo, ora lento, ora precipitado, mas com um trabalho sério e representativo das letras acadêmicas.

Ao pé da nossa janela nos sugere uma conversa entreouvir, um conversa mansa, enquanto isso lá fora a vida continua. Ora, não sei qual das duas formas de poesia que eu gostei mais. Não sei, confesso. Entretanto a preferência se esbarrou plenamente em Bailemos/Morena e Flor do asfalto/Ensaio líquido. Castro Lopes escreveu num soneto que: “Por Deus flor e mulher foram criados:/ são as flores o tipo da inocência,/ as mulheres as flores animadas”. Parabéns para Cau Alexandre e Jeanne Chaves pelo belíssimo trabalho literário que vocês produziram. E para Daniel Bezerra o nosso agradecimento pela oportunidade oferecida para que pudéssemos apreciar com carinho o livro de poemas: Ao pé da nossa janela.

sábado, 13 de junho de 2009

PUBLIQUE SEU AMOR



Dário Teixeira Cotrim

Foi um momento memorável: um jantar romântico no Dia dos Namorados! Tudo isso aconteceu em razão do concurso Publique seu Amor, uma promoção do conceituado Jornal de Notícias, em parceria com o aconchegante bar-restaurante Jac’s Forneria, que ofereceu aos seus assinantes uma oportunidade ímpar para comemorar, com estilo primoroso, a data festiva dos namorados. No apetitoso manjar servido à mesa, com música ao vivo, degustamos com sofreguidão a deliciosa Salada Dona Terezinha e, na seqüência, o saboroso risoto (arroz arbório ao vinho tinto, com lingüiça) e filé-mignon. Nos arremates veio a Sobremesa dos Deuses para adoçar a noite de memoráveis e eternas lembranças.

O objetivo do evento Publique seu Amor, além do entretenimento, foi o de incentivar a criatividade dos participantes em construir frases alusivas ao dia dos namorados, tudo isso com fotografias que ilustrassem muito bem cada momento. Em nossos dias está-se processando ampla visão de críticas prematuras, ou infundadas, sobre o real valor do romantismo entre os casais. Entretanto, entendemos que o amor-paixão é eterno e a questão básica somente diz respeito ao modo de distinguir os conceitos inerentes ao amor-natural em todas as suas possíveis variantes. Aliás, todos nós nascemos para o amor que é o princípio e o fim único de nossa existência.

Por aqui se vê que era uma noite de festas onde o amor é que faz girar o mundo das paixões. A cidade estava inteiramente movimentada e os bares e restaurantes abarrotados de casais enamorados, que evidenciava muito bem a importância daquele momento romântico. Portanto, repito, era uma noite muito especial para os que se amam doidivanamente. Esta conclusão, não há dúvida, é de cabimento inquestionável. E assim, no Jac’s - Forneria o espaço já havia sido reservado para nós pela coordenação do evento e o atendimento dos garçons foi de todo especialíssimo. A presença do diretor-proprietário do Jornal de Notícias, o acadêmico das letras Edgar Antunes Pereira, acompanhado de sua elegantíssima esposa Eunice Loyola Pereira foi o bastante para coroar com brilhantismo incomum este inusitado acontecimento.

Na seleção dos classificados, conforme informou a edição do Jornal de Notícias de hoje (13), figuravam os nomes de Dário Teixeira Cotrim, Silvia Fonseca Alves e Leila Abreu Tolentino. Por conseguinte as frases selecionadas foram: “O alicerce de uma união perfeita, a cada tempo que passa, se fortalece quando há amor, carinho e compreensão na sua base” (Dário Teixeira Cotrim), “Amor você é o único passado que está no meu presente que eu quero para sempre em meu futuro” (Silvia Fonseca Alves) e “Ei Bibi, você partiu e eu fiquei aqui sempre recordando momentos de felicidade. Neste dia dos namorados comemoramos 49 anos do nosso noivado, com trocas de cartões e carinho. Tenho saudades muitas! Mando porque foi o inicio de um grande amor” (Leila Abreu Tolentino).

Limitando-nos aos agradecimentos, compete a nós, agora, ressaltar a brilhante e oportuna idéia da jovem Ana Flávia na elaboração deste belíssimo evento. Ora, tudo isso acontece para motivar as pessoas a terem atitudes positivas na construção de vários segmentos da nossa sociedade. Em suma, que outros concursos venham, talvez, com outros objetivos, mas isso não nos importa desde que sejam imbuídos de propósitos sadios assim como foi o Publique seu Amor. Portanto, parabéns à família do Jornal de Notícias, em especial a jovem Ana Flávia pela sua competência profissional empenhada no desenvolvimento literário e cultural da sociedade montes-clarense.
Academia Montesclarense de Letras
Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros