domingo, 17 de agosto de 2008

AS FESTAS DE AGOSTO


Texto de Dário Teixeira Cotrim


As festas de agosto referente ao 30º Festival Folclórico de Montes Claros estão começando. A cidade nunca esteve tão movimentada e bela. As ruas enfeitadas de fitas coloridas e o povo eufórico com os acontecimentos davam um toque especial nas festividades do Divino Espírito Santo, de São Benedito e de Nossa Senhora do Rosário. Montes Claros tem por tradição a perpetuação da própria tradição montes-clarense. E isso faz com que ela seja a cidade da “Arte e da Cultura”.

Muitas vezes, para nós qu já tão acostumados com o espírito festivo deste mês, o espetáculo em si nos parece uma coisa comum, incrustada no nosso cotidiano. Entretanto, para aqueles que vêm de alhures a importância do mês de agosto é algo muito mais sublime, onde a fé na divina crença, aqui retratada nas belíssimas obras dos nossos artistas plásticos, alivia a nossa alma dos pecados e nos conforta a dor na busca de uma felicidade plena.

A Associação dos Grupos de Catopés, Marujos e Caboclinhos de Montes Claros, responsável pelo sucesso das atividades folclóricas de nossa terra, merece de todos nós, montes-clarenses ou não, o respeito e a admiração pelo excelente trabalho que vem realizando todos os anos. Neste mês de agosto, para o regozijo e a honradez daqueles que um dia também enfeitiçaram as nossas ruas com fitas coloridas e as nossas praças com as danças típicas e os bailados.

Lembro-me agora, com muita saudade no coração, do nosso tio-avô Aníbal Pereira de Souza. Era ele um homem simples e caridoso, que participava da Congregação dos Vicentinos por certo com uma convicção personalíssima. Ele estava sempre entre os festeiros de agosto, dando-lhes a sua contribuição nos momentos mágicos de se apresentarem nas ruas e praças, com aquela mesma abnegação de sempre. Rememorar-lhe o nome é prestar à sua memória augusta o nosso culto de admiração mais viva. Portanto, Aníbal, aliado a esse valor cultural, com modéstia encantadora, tu és a honra de um povo, o orgulho de uma cidade e a glória de uma raça. As saudades são eternas!

Neste mês de agosto o 30º Festival Folclórico de Montes Claros acontece com animação inquestionável. Ainda agora os fogos de artifícios rebentam com grandes estrondos nos céus em chuvas de cores e brilho estrelares. Mais uma vez a tradição da cidade da “Arte e da Cultura” é sustentada por esses heróis anônimos, gente simples e de costumes comuns. O folclore é hoje considerado uma atividade indispensável e fundamental para a educação dos jovens e para a cultura de um povo. Isto acontece porque nenhuma outra arte exerce sobre as camadas populares uma influencia tão poderosa quanto à música e a dança. Tanto a nossa marujada como os grupos de catopés e os caboclinhos estão ligados diretamente a essas três correntes culturais, cuja beleza simples e a rítmica espontânea favorecem a compreensão e o engajamento de novos adeptos.

Em vista disso é preciso explorar esse hábito de comemorar as festas de agosto, no bom sentido, para a preservação folclórica de nossa cidade. Com esse espírito é que a Associação dos Grupos de Catopés, Marujos e Caboclinhos de Montes Claros, antes mesmo do final do evento já pensa nas atividades para o ano que vem. As festas de agosto fazem, realmente, parte do cotidiano de um povo alegre, pois elas são os alimentos que sustentam a alma e o coração desses artistas anônimos.

Acresce a circunstância de que as nossas festividades folclóricas apresentem o aspecto de uma beleza tão pura e umas características de uma mineiridade tão acentuadas, que nos fazem admirar sem restrição o talento daqueles que as criaram. Pois, assim são as Festas de Agosto em nossa querida cidade de Montes Claros!

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