domingo, 10 de agosto de 2008

FESTA DAS VOVÓS DO ANO


Dário Teixeira Cotrim

Ah, ser avó, é muito mais que amar
Aquele que é o filho do nosso filho.
É ser mamãe – com o mesmo brilho
E com o mesmo amor tudo celebrar

A Festa das Vovós do Ano - 2008, organizada e coordenada pela dinâmica e competente Ruth Jabbur, foi um encantamento de cores, de flores e de amores. Como se vê, o sucesso dos seus eventos sempre se baseia na vivência de sua atividade social e, consequentemente, contabiliza-se muito mais respeito naquilo que ela faz e que promove. Não é menos certo de que um dos acontecimentos mais brilhante no contexto dos eventos sociais das noites montes-clarenses está na sua Noite Temática, o que já passa a fazer parte do calendário sociocultural de nossa cidade. Entretanto, a Festa das Vovós do Ano - 2008 superou todas as expectativas daqueles que ali marcaram as suas presenças. Esta foi uma noite das mais belas para as nossas Vovós. Uma noite de memoráveis lembranças avoengas, as que nos revelaram não apenas o retrato da força feminina depois da idade da loba, como também a crítica radical contra a hipocrisia e os preconceitos ainda reinantes em alguns setores de nossa frágil sociedade.

O Automóvel Club de Montes Claros estava impecável. Mergulhado numa decoração em preto e branco, com rosas vermelhas aveludadas e muitas luzes coloridas – que levava a assinatura dos decoristas Vane de Souza e Romero Maciel – o ambiente impressionava a todos pela sua beleza. No contraste do colorido a iluminação valorizava a elegância das homenageadas no ápice de cada momento. Era o mundo da fantasia embalado no sonho de um momento único. O sonho de ser avó. “Às vezes eu acho que é impossível imprimir no papel ou expressar oralmente a felicidade que sinto de ser avó. Deus é tão perfeito que nos dá a oportunidade de experimentarmos esse sentimento de maternidade duas vezes, a primeira quando nascem os nossos filhos e essa experiência redobrada no nascimento dos netos...” (Júlia Cotrim). Ah, minha querida vovó, o que seria de nossas vidas sem esses seus sonhos?

O troféu traz a assinatura inconfundível de Felicidade Patrocínio, artista plástica de reconhecido valor no mundo das artes, aqui e em alhures. Um fim outra coisa não é desse símbolo senão proporcionar o valor e reconhecimento dos cuidados e dos carinhos das nossas Vovós. É assim porque, quem amou como elas conhece tudo o que a vida contém de sofrimento e de alegria. Daí a felicidade que a Felicidade imprime no seu belíssimo trabalho artístico, e o que representa para cada Vovó “o amor derramado no percurso da longevidade que lhe deu grandeza e força, tornando-a tronco frondoso de uma árvore maior que soube florir e frutificar” (Felicidade Patrocínio). Aliás, tudo naquela noite estava em perfeita sintonia com os acontecimentos temáticos adrede proposto. Os porta-retratos, por exemplo, não poderiam ser adornos mais belos e mais sugestivos naquele momento. Feliz idéia! Em cada mesa, era a imagem de uma deusa que reinava com absoluta autoridade maternal. E era assim porque a força da maternidade estava presente e fortalecida em dose dupla.

Minha prezada confreira Ruth Jabbur, o pensador Albert Camus disse-nos com muita propriedade que o êxito e o sucesso são fáceis da gente obter, mas o dificil é merecê-los. Entendemos que você merece, com todos os louvores, os êxitos e o sucesso dessa extraordinária noite de gala. Sem nenhum favor ou bajulação, pois não é do nosso feitio, afirmamos com muita alegria que a Festa das Vovós do Ano – 2008 foi um acontecimento singular em que sempre sobrou alguma coisa do amor. E, se alguém assim não entendeu é porque nada entendeu. Mas, entendemos nós. Parabéns, Ruth Jabbur!