quarta-feira, 31 de dezembro de 2008


MEUS AMIGOS - QUEREMOS

AGRADECER por você, de forma direta ou indireta, nos ter permitido participar, juntos ou não, de momentos de comemoração, carinho e afeto, no decorrer deste ano.

CELEBRAR com você nossas conquistas, esperando sinceramente que no ano de 2008 tenha sido mais um período de realizações em busca do resgate histórico do nosso povo e de nossa terra.

COMEMORAR a chegada de 2009, renovando as esperanças de que no ano novo seja repleto de sucesso, de realizações e mais conquistas: e, ainda,

DESEJAR a você, seus familiares e entes queridos boas festas de fim de ano, repletas de felicidade, paz, saúde e amor.



INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE MONTES CLAROS
Dário Teixeira Cotrim
1º vice presidente

http://www.dariocotrimpoesias.blogspot.com/
http://www.darioteixeira.blogspot.com/
dariocotrim@connect.com.br

domingo, 21 de dezembro de 2008

ENTÃO É NATAL...


Por algum tempo, tudo que se falava era sobre o Natal. O mês de dezembro ainda estava distante, pois começavam a cair as primeiras bátegas de água. Mesmo assim o espírito natalino já principiava nas casas comerciais do centro da cidade.

As festas de Jesus Menino são hoje movimento de massa que estimula o nosso desejo, desde os mais altos sentimentos religiosos com a expressão comum da alegria, até o consumismo desenfreado na hora de presentear os entes mais queridos. Pois, Natal é o que nos faz bem ao coração e a alma. Evidentemente que sabemos que, na prática, o espírito natalino apenas passa de relance para se perder depois já nos primeiros dias do ano entrante. Independentemente das adversidades, o clima natalino continua sendo a esperança mais viva de um povo, aquela que amolece corações de pedras para que os injustiçados tenham um pouco mais do muito que lhes falta. Se não resolve, também não prejudica. Aliás, ameniza substancialmente o sofrimento de muitos dos mais sofridos.

Por tudo isso o Natal é esperança! “Do tronco de David brotará um ramo; e a árvore crescerá de suas raízes”. Disse Jesus Cristo o nosso Senhor. E é aí que está arraigada a doce esperança do Natal. Mas, a verdade que pode ser provada até mesmo nestes tempos remotos, é que o homem, impaciente com as guerras ainda sonha com a paz mundial. Não obstante a tudo isso, atualmente nem a paz do Natal consegue acalmar os ímpetos malignos daqueles que vivem no mundo do crime. Mas o bambino insiste em nascer no coração da gente a cada Ano Novo!

Uma outra característica do mês natalino é aquela que se pauta na luminosidade estrelares. Sempre as cidades adormecem em noites frias e claras, enquanto isso, a lua cheia vagueia por sobre as casas iluminadas com as cores celestes. As árvores natalinas, cheias de bolas de miçangas e luzinhas coloridas, elas encontram-se em quase todas as casas. Guirlandas enfeitadas com anjinhos e pingentes dão um colorido todo especial nos lares dos mais abastados. A voz suave e doce da cantora Simone ressoa, com ecos, pelos alto-falantes dos aparelhos de som afirmando que hoje é Natal! “Então é Natal, o que você fez, o ano termina e nasce outra vez...!”.

Que saudades me trazem os presépios de minha mãe!

É meia-noite, há ceia farta para uns e para muitos a ceia falta. Sempre foi assim. Não é difícil constatar o desejo de viver neste mundo cruel, onde a necessidade de realizar sonhos impossíveis veio pôr em prática o afastamento de Deus. Toda a sabedoria do conhecimento é o resultado de uma longa fase de experiência acumulada durante milhares de anos e depois legado aos pósteros através dos tempos.

Por estranho que pareça, neste mundo onde a justiça é injusta, o amor e a esperança são as formas mais seguras do homem lidar com os seus sentimentos e nunca com as suas lágrimas. Ainda bem que existem pessoas que acreditam no milagre do renascimento, onde o Jesus Menino, de um presépio pobrezinho, anuncia a salvação do mundo: “eu sou o sal da terra, eu sou a luz do mundo...”. Ainda bem que existem crianças que acreditam que todas elas são filhas de um Papai Noel. Aleluia, aleluia!

Aleluia! É Natal! Eu sei que a nossa vida é regada de lágrimas. Mesmo em terreno incrédulo essas lágrimas conseguem germinar as sementes da fé. Portanto estou junto à soleira da porta a espera do meu Papai Noel, hoje um velho carrancudo, obeso e sem memória.


DÁRIO TEIXEIRA COTRIM
Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

REVISTA DO IHGMC - VOLUME III


CONVITE


O INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE MONTES CLAROS convida a todos para o lançamento de sua Revista (Volume III) que acontecerá no dia 27 de dezembro deste ano (Sábado), na Sala de Sessão de Júri Dr. Adão Múcio de Resende, anexo ao Fórum Gonçalves Chaves, à Rua Raimundo Penalva, 70 - Bairro Vila Guilhermina, ás 20:00 horas.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

FELIZ NATAL E BOAS FESTAS



FELIZ NATAL E BOAS FESTAS

Disse Cora Coralina que “o que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher”.

É preciso que sigamos o exemplo de JESUS, nas palavras de Cora Coralina, que foi grande em sua humildade e insuperável em AMOR e BONDADE. Foi pensando assim que hoje nós colhemos os melhores frutos de nossas boas ações. Assim sendo, nós desejamos aos amigos e aos parentes um FELIZ NATAL e que juntos possamos comemorar a virada de um novo tempo, de encher os nossos corações de esperanças, de dizer: ADEUS ANO VELHO, FELIZ ANO NOVO. Portanto, são esses os votos de muito sucesso, de infinitas alegrias, de amor sublime e de um carinho todo especial, que nós lhes desejamos para o ano de 2009, juntamente com os nossos filhos (Leandro & Karine – Ramon & Sara – Marcel & Alyni) e, também, os nossos queridíssimos netos Matheus, Lucas e Athur.

Montes Claros, dezembro de 2008.
Dário & Júlia
dariocotrim@connect.com.br
juliamarialcotrim@bol.com.br

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

CONCEIÇÃO MELO: TELAS E LIVROS


Aconteceu nesta terça-feira, no espaço cultural do restaurante Favoritto, o belíssimo vernissage da artista plástica Conceição Melo onde esteve reunida a classe artista de Montes Claros. São dezenas de quadros explicativos, com riscos fortes num colorido rubro-negro – quase na sua totalidade – com pequenas frases ou palavras soltas colocadas poeticamente de forma simples e lúdica. Paralelamente a exposição, também houve o lançamento dos seus interessantes livros: Pare e Siga em Frente. Os livros trazem a reprodução de seus quadros com pequenas legendas, como se fossem álbuns ilustrados, com mensagens otimistas para reflexões e desenhos para o entretenimento das crianças e dos leitores mais exigentes.

O trabalho artístico de Conceição Melo representa a letícia das cores e as cores dos riscos nada simétricos. Nele não há sinais de tristeza e nem sequer de deboches. São ricos riscos coloridos sobre tela em sintonia com a imaginação do belo que estão ligados intimamente ao cotidiano das pessoas, o que tem sido uma constante na sua produção artística. Do mesmo modo que as suas obras de arte representam formas e contextos não contaminados pela marginalização dos tempos, os seus livros obedecem a mesma energia do sentimento e a mesma emoção do pensamento. Entretanto, se há algum estranhamento do espectador diante de suas telas, este pode ser emblemático em vista do uso resumido de cores, pois o caminho intricado de suas obras reproduz com fidelidade o seu estilo na criação de imagens e de textos. Todavia, as cores em rubro-negro, principalmente essas, dão dramaticidade à pintura que vê justamente na força expressiva da arte a sua razão de ser.

Pare. Um livro em que o leitor deva mesmo parar em cada uma de suas páginas para um momento de reflexão. Depois, Siga em Frente. Ora, tudo foi projetado, programado e analisado para que assim fosse. Trata-se, pois, de um trabalho inusitado, belo e representativo. Aqui, a miscelânea da plástica com a literatura não é gratuita. Foi, portanto, proposital. E porque não dizer que a sua idéia foi simplesmente sensacional? É que, como se costuma ser o caso, no caótico mundo das artes, os trabalhos não são bem entendidos, e para dirimir essas dúvidas, a marchand, Yvana Tupinambá, classificou o seu trabalho “com traços inovadores que vem da alma e do coração”.

A arte plástica de Montes Claros está vivendo um momento muito feliz. Agora, a felicidade veio esbarrar nos pórticos da literatura montes-clarense. Certamente que a união desses dois segmentos culturais possa fortalecer e produzir resultados nunca antes imagináveis. Conceição Melo sabe, em exaustão, que essa aliança para a classe artística é muito importante. O seu trabalho nos deu mostra disso. Alias, ele foi muito mais além do que todos nós imaginávamos, pois cumpriu o desejo da artista de pintar e escrever ao mesmo tempo. Uma pintura em riscado e uma escrita em cores, e o final não poderia ter sido outro: textos na textura de suas obras sugerindo sempre um momento de reflexão entre o antes e o depois na fugacidade dos seus traços.

Num primeiro momento, o desenho de Conceição Melo lembrou-nos àqueles das revistas em quadrinhos, fazendo renascer as lembranças de um tempo distante; as saudades de um tempo florido e a emoção que nunca, e nunca se esgota. Por tudo isso o trabalho de Conceição Melo vem ganhando, sobremaneira, espaço na mídia montes-clarense. “Amar é lembrar todas as manhãs que nada vai tirar a minha alegria” e “depois de muito filosofar, concluir que só conseguirei amar o outro quando realmente me amar”. Parabéns Conceição!


DÁRIO TEIXEIRA COTRIM

terça-feira, 4 de novembro de 2008

DAQUI POR DIANTE


Está acontecendo na Praça de Eventos do Montes Claros Shopping uma belíssima exposição de artesanato do barro. O evento trata-se da segunda versão do Daqui Por Diante e desta vez ele acontece em homenagem ao centenário de nascimento do ilustre escritor mineiro, João Guimarães Rosa. Por essa razão a exposição contém 100 peças do artesanato montes-clarense, e em cada uma delas leva a assinatura da competentíssima artesã do barro Ana Maria de Castro, conhecida por Roxa, “que é hoje símbolo histórico do artesanato da cidade”. Todas as peças foram brilhantemente ilustradas por uma centena de artistas plásticos, arquitetos, decoradores, designers, publicitários, grafiteiros e outros profissionais da arte. Além da divulgação da arte e da cultura de nossa terra, o evento ainda tem o caráter filantrópico, até porque a sua renda será transferida em benefícios para a Casa Santa Bernadete, o Projeto Presente, o Grappa e a Casa da Imprensa.

Na abertura da exposição Daqui Por Diante, o eminente acadêmico de letras, Wanderlino Arruda, falou da importância do acontecimento. Exaltou com entusiasmo o trabalho harmonioso e ilustrativo da cerâmica camponesa realizado por uma centena de artistas montes-clarenses. Todas as peças de cerâmica, com a pluralidade do material utilizado, tinham o mesmo formato, pois elas representam uma moringa de barro onde na sua tampa apresenta-nos com traços perfeitos de uma figura humana (uma boneca camponesa). Nota-se que o trabalho dos artistas plásticos convida o espectador a viajar pelo sertão Norte Mineiro numa caminhada a sumir de vista. São nas mensagens encontradas nas peças que deparamos-nos com situações das mais inusitadas possíveis: o cangaceiro, o oratório, as noivas e tantas outras representações, sempre com o objetivo de retratar o grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa. Em algumas bonecas camponesas há uma forte carga afetiva em suas assemblages, o que se destaca uma das outras pelo colorido e pela arrumação. Portanto, na exposição Daqui Por Diante, o seu conjunto – de bonecas camponesas – reforça a importância da criatividade como um dos principais itens a ser analisado pelo espectador. Impossível não se emocionar diante das belíssimas bonecas camponesas. Impossível!

Para não invocar senão mais um exemplo, assinalamos que esse vitorioso evento traduz, numa alta carga emotiva, a arte em fatos novos para a história do nosso povo e de nossa terra. Acreditamos, com muita convicção, que é este o papel dos artistas montes-clarenses. Daqui Por Diante sempre será, daqui por diante, um acontecimento anual que leva a marca do sucesso e o acolhimento de um seleto público. Certamente que a terceira mostra Daqui Por Diante trará inovações em diversos sentidos. O perfeito entrosamento do artesanato de barro com as artes plásticas foi um primor, mas sentimos a falta da classe literária que, também, poderia colaborar, elaborando um pequeno texto (poesia ou prosa) para cada peça ali exposta. Portanto, fica aqui a nossa humilde e despretensiosa sugestão.

Agora na contemporaneidade a arte passou a ser quase sempre arte. E é por isso que compreendemos o entusiasmo de seus promotores. Para Viviane Marques, Caico Siufi, Felicidade Tupinambá e Andréia Prates a questão da arte é vida, enquanto a vida é tão somente uma arte. A egrégia Academia Montesclarense de Letras e o Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros estiveram representados no evento. A exposição Daqui Por Diante permanecerá na Praça de Eventos do Montes Claros Shopping durante toda essa semana, oportunidade única para que o povo montes-clarense possa conhecer melhor o trabalho dos nossos artistas plásticos e, em especial, o artesanato de Ana Maria de Castro, a Roxa. Parabéns!


DÁRIO TEIXEIRA COTRIM

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

TADEU E CRISTINA NA PREFEITURA




A voz do povo é a voz de Deus. Tadeu Leite prefeito outra vez. Com Tadeu e Cristina com certeza que o desenvolvimento de Montes Claros será notado na Educação, na Cultura, na Saúde, no Meio Ambiente, na distribuição de rendas com mais empregos e instalações de novas indústrias. Tadeu é a esperança de dias melhores para Montes Claros e temos a convicção que a escolha do povo montes-clarense foi a melhor. Quando o povo quer nada é impossível, por isso Tadeu está de volta para os braços do povo, ele que saberá governar com sabedoria, inteligência e muita competência. Parabéns Tadeu Leite. Parabéns Montes Claros!




DÁRIO TEIXEIRA COTRIM

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

ESTE É O MEU CANDIDATO


LUIZ TADEU LEITE será novamente o prefeito de Montes Claros. É competente e trabalhador, sabe administrar com responsabilidade e passa para a população mais segurança e expectativa de dias melhores. Nele podemos confiar...

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

FOTO DA SEMANA - NELSON GONÇALVES

Esta fotografia foi feita no Automóvel Clube de Montes Claros em meado dos anos setentas. Nela estão as seguintes pessoas: José Mendes, Dário Teixeira Cotrim, Tarcísio Alvarenga Barbosa, NELSON GONÇALVES, Reivaldo Canela e Reinini Canela. Quantas saudades...

domingo, 21 de setembro de 2008

MÁRIO QUINTANA


Num elogio doce, ao torrão sagrado,
Traçastes bem o teu alegre(te) encanto...
E o mar, todo de azul, neste recanto,
Embeleza o querido berço amado.

Pois, a saudade atesta o triste fado.
Neste baú de letras e de espanto
O sinal agitado que, no entanto,
Dos reversos nos revela o passado.

Na rua dos ‘cataventos’ desterra
O espelho mágico de uma cigana.
Num triste adeus a esta divina terra!

Nisso, eles passarão..., em caravana,
E eu passarinho... Lá no alto da serra
Ao lado do amigo – o vate Quintana!

Dário Teixeira Cotrim

EXERCÍCIO Nº. 1 SOBRE CATRUMANO


Dário Teixeira Cotrim*

Está sendo apresentado em nossa cidade o belíssimo espetáculo Exercício nº. 1 sobre Catrumano pelo Grupo Teatral Rede Teia, o que é um apanhado resumido sobre a trajetória histórica do povoado de Morrinhos (atual cidade de Mathias Cardoso). Essa interessante dramaturgia tem o aval irrestrito do ilustre professor universitário João Batista de Almeida Costa e o apoio incondicional da Unimontes – Universidade Estadual de Montes Claros. Antes de mais nada é preciso dizer que a orientação do cenário e o multifacetado figurino apresentado na peça trazem a inconfundível assinatura da competente atriz Ana Lana Gastelois. Por outro lado temos a coordenação de Cláudio Márcio e Nelson Bambam e o monitoramento da dramaturgia realizado por Gabryel Sanches entre outros participantes.

Com base em nossas concepções entendemos que a coreografia de Exercício nº. 1 sobre Catrumano trabalha com algumas dualidades: o necessário e o necessitado, a ordem e o caos, sempre mostrando os aspectos inerentes à época da colonização com passagem virtuais de épocas outras para o assentamento de todos os fatos. Na mímica presenciamos as montarias; o rio, de onde ainda era possível lavar o rosto e beber um pouco de sua água doce e cristalina; o garimpeiro com o uso da bateia extasiado com tanta riqueza presente nos talvegues dos diversos rios. Notório é a tendência de fazer comparações do que quer que fosse sem quase nenhum recurso tecnológico para o que se deseja.

O Grupo Teatral Rede Teia solidificou-se com o tema Catrumano. É mais uma louvável tentativa de reaver e reavivar a história perdida dos nossos gerais. Nas transgressões com o realismo lhes permitiu um apurado acabamento visual e uma representação calorosa do que estava confinado em velhos livros e nos diversos documentos adormecidos nas prateleiras e nas gavetas das bibliotecas. A atuação livre, espontânea e integrada com o público mereceu uma atenção especial de quem estava atento em conhecer os rumos da nossa história. O projeto Catrumano tem no seu bojo o objetivo de criar o “Dia dos Gerais”, reclamando, assim, igualdade de tratamento com o “Dia das Minas”, este com assento na cidade de Mariana, sem prescindir de organizar um Fórum em que tudo seja discutido e analisado com competência e sabedoria.

O movimento ganha fôlego. O público ainda é pequeno, mas o trabalho de resgate dos atores de Exercício nº. 1 sobre Catrumano é belo, é consciente e contribui muito para o aprimoramento e a aprovação do Projeto de Lei que cria o “Dia dos Gerais”. O Grupo Teatral Rede Teia é uma pequena parcela da sociedade tentado conscientizar a população dos benefícios que poderão advir para a nossa região num futuro bem próximo. “Nós atores, artistas, mineiro do norte-mineiro consideramos o Exercício nº. 1 sobre Catrumano não apenas como o resultado final do núcleo de investigação teatral de Montes Claros, mas e principalmente, como início de uma nova trajetória em que redescobrimos nossa identidade e assumimos nossa história”. Portanto, o movimento ganha fôlego e a cidade de Montes Claros sai na vanguarda para produzir uma combinação entre a arte cênica e a narrativa histórica com o universo do conhecimento. Ninguém recusar-lhes-á fidelidade a essa linha de pensamento.

Ao encerramento de cada apresentação, a direção do espetáculo teve a preocupação de convidar pessoas envolvidas no Projeto Catrumano para dialogar com o público. Também os historiadores Wanderlino Arruda, Petrônio Braz e Dário Teixeira Cotrim fizeram parte do projeto com a incumbência de relatarem os fatos históricos e ocasionalmente sanarem as dúvidas por ventura existentes. O Grupo Teatral Rede Teia superou todas as expectativas que envolviam a apresentação de Exercício nº. 1 sobre Catrumano. Parabéns!

*Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
dariocotrim@connect.com.br

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

PALAVRAS & IDÉIAS




Prezados amigos,
No dia 21 estarei em Palavras & Idéias quando falarei sobre os meus livros e sobre a nossa Academia de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros. Portanto, convido todos para estarem presentes. Haverá recitação de poemas por Dóris Araújo e sorteio de livros, da minha autoria, para os participantes.
Entidades culturais a quie pertenço:

Academia Montesclarense de Letras
Academia Guanambiense de Letras
Academia Caetiteense de Letras
Academia Nevense de Letras
Academia de Letras, Ciências e Artes do São Francisco
Academia de Letras de Varzea da Palma
Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais
Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
Grupo Literário "Oficina das Letras"

domingo, 17 de agosto de 2008

AS FESTAS DE AGOSTO


Texto de Dário Teixeira Cotrim


As festas de agosto referente ao 30º Festival Folclórico de Montes Claros estão começando. A cidade nunca esteve tão movimentada e bela. As ruas enfeitadas de fitas coloridas e o povo eufórico com os acontecimentos davam um toque especial nas festividades do Divino Espírito Santo, de São Benedito e de Nossa Senhora do Rosário. Montes Claros tem por tradição a perpetuação da própria tradição montes-clarense. E isso faz com que ela seja a cidade da “Arte e da Cultura”.

Muitas vezes, para nós qu já tão acostumados com o espírito festivo deste mês, o espetáculo em si nos parece uma coisa comum, incrustada no nosso cotidiano. Entretanto, para aqueles que vêm de alhures a importância do mês de agosto é algo muito mais sublime, onde a fé na divina crença, aqui retratada nas belíssimas obras dos nossos artistas plásticos, alivia a nossa alma dos pecados e nos conforta a dor na busca de uma felicidade plena.

A Associação dos Grupos de Catopés, Marujos e Caboclinhos de Montes Claros, responsável pelo sucesso das atividades folclóricas de nossa terra, merece de todos nós, montes-clarenses ou não, o respeito e a admiração pelo excelente trabalho que vem realizando todos os anos. Neste mês de agosto, para o regozijo e a honradez daqueles que um dia também enfeitiçaram as nossas ruas com fitas coloridas e as nossas praças com as danças típicas e os bailados.

Lembro-me agora, com muita saudade no coração, do nosso tio-avô Aníbal Pereira de Souza. Era ele um homem simples e caridoso, que participava da Congregação dos Vicentinos por certo com uma convicção personalíssima. Ele estava sempre entre os festeiros de agosto, dando-lhes a sua contribuição nos momentos mágicos de se apresentarem nas ruas e praças, com aquela mesma abnegação de sempre. Rememorar-lhe o nome é prestar à sua memória augusta o nosso culto de admiração mais viva. Portanto, Aníbal, aliado a esse valor cultural, com modéstia encantadora, tu és a honra de um povo, o orgulho de uma cidade e a glória de uma raça. As saudades são eternas!

Neste mês de agosto o 30º Festival Folclórico de Montes Claros acontece com animação inquestionável. Ainda agora os fogos de artifícios rebentam com grandes estrondos nos céus em chuvas de cores e brilho estrelares. Mais uma vez a tradição da cidade da “Arte e da Cultura” é sustentada por esses heróis anônimos, gente simples e de costumes comuns. O folclore é hoje considerado uma atividade indispensável e fundamental para a educação dos jovens e para a cultura de um povo. Isto acontece porque nenhuma outra arte exerce sobre as camadas populares uma influencia tão poderosa quanto à música e a dança. Tanto a nossa marujada como os grupos de catopés e os caboclinhos estão ligados diretamente a essas três correntes culturais, cuja beleza simples e a rítmica espontânea favorecem a compreensão e o engajamento de novos adeptos.

Em vista disso é preciso explorar esse hábito de comemorar as festas de agosto, no bom sentido, para a preservação folclórica de nossa cidade. Com esse espírito é que a Associação dos Grupos de Catopés, Marujos e Caboclinhos de Montes Claros, antes mesmo do final do evento já pensa nas atividades para o ano que vem. As festas de agosto fazem, realmente, parte do cotidiano de um povo alegre, pois elas são os alimentos que sustentam a alma e o coração desses artistas anônimos.

Acresce a circunstância de que as nossas festividades folclóricas apresentem o aspecto de uma beleza tão pura e umas características de uma mineiridade tão acentuadas, que nos fazem admirar sem restrição o talento daqueles que as criaram. Pois, assim são as Festas de Agosto em nossa querida cidade de Montes Claros!

domingo, 10 de agosto de 2008

FESTA DAS VOVÓS DO ANO


Dário Teixeira Cotrim

Ah, ser avó, é muito mais que amar
Aquele que é o filho do nosso filho.
É ser mamãe – com o mesmo brilho
E com o mesmo amor tudo celebrar

A Festa das Vovós do Ano - 2008, organizada e coordenada pela dinâmica e competente Ruth Jabbur, foi um encantamento de cores, de flores e de amores. Como se vê, o sucesso dos seus eventos sempre se baseia na vivência de sua atividade social e, consequentemente, contabiliza-se muito mais respeito naquilo que ela faz e que promove. Não é menos certo de que um dos acontecimentos mais brilhante no contexto dos eventos sociais das noites montes-clarenses está na sua Noite Temática, o que já passa a fazer parte do calendário sociocultural de nossa cidade. Entretanto, a Festa das Vovós do Ano - 2008 superou todas as expectativas daqueles que ali marcaram as suas presenças. Esta foi uma noite das mais belas para as nossas Vovós. Uma noite de memoráveis lembranças avoengas, as que nos revelaram não apenas o retrato da força feminina depois da idade da loba, como também a crítica radical contra a hipocrisia e os preconceitos ainda reinantes em alguns setores de nossa frágil sociedade.

O Automóvel Club de Montes Claros estava impecável. Mergulhado numa decoração em preto e branco, com rosas vermelhas aveludadas e muitas luzes coloridas – que levava a assinatura dos decoristas Vane de Souza e Romero Maciel – o ambiente impressionava a todos pela sua beleza. No contraste do colorido a iluminação valorizava a elegância das homenageadas no ápice de cada momento. Era o mundo da fantasia embalado no sonho de um momento único. O sonho de ser avó. “Às vezes eu acho que é impossível imprimir no papel ou expressar oralmente a felicidade que sinto de ser avó. Deus é tão perfeito que nos dá a oportunidade de experimentarmos esse sentimento de maternidade duas vezes, a primeira quando nascem os nossos filhos e essa experiência redobrada no nascimento dos netos...” (Júlia Cotrim). Ah, minha querida vovó, o que seria de nossas vidas sem esses seus sonhos?

O troféu traz a assinatura inconfundível de Felicidade Patrocínio, artista plástica de reconhecido valor no mundo das artes, aqui e em alhures. Um fim outra coisa não é desse símbolo senão proporcionar o valor e reconhecimento dos cuidados e dos carinhos das nossas Vovós. É assim porque, quem amou como elas conhece tudo o que a vida contém de sofrimento e de alegria. Daí a felicidade que a Felicidade imprime no seu belíssimo trabalho artístico, e o que representa para cada Vovó “o amor derramado no percurso da longevidade que lhe deu grandeza e força, tornando-a tronco frondoso de uma árvore maior que soube florir e frutificar” (Felicidade Patrocínio). Aliás, tudo naquela noite estava em perfeita sintonia com os acontecimentos temáticos adrede proposto. Os porta-retratos, por exemplo, não poderiam ser adornos mais belos e mais sugestivos naquele momento. Feliz idéia! Em cada mesa, era a imagem de uma deusa que reinava com absoluta autoridade maternal. E era assim porque a força da maternidade estava presente e fortalecida em dose dupla.

Minha prezada confreira Ruth Jabbur, o pensador Albert Camus disse-nos com muita propriedade que o êxito e o sucesso são fáceis da gente obter, mas o dificil é merecê-los. Entendemos que você merece, com todos os louvores, os êxitos e o sucesso dessa extraordinária noite de gala. Sem nenhum favor ou bajulação, pois não é do nosso feitio, afirmamos com muita alegria que a Festa das Vovós do Ano – 2008 foi um acontecimento singular em que sempre sobrou alguma coisa do amor. E, se alguém assim não entendeu é porque nada entendeu. Mas, entendemos nós. Parabéns, Ruth Jabbur!

Carmen, de Georges Bizet


Por Dário Teixeira Cotrim

Montes Claros, orgulhosamente, apresentou para o deleite de um seleto e animado público a espetacular obra prima Carmen, de Georges Bizet, no Centro de Cultura “Hermes de Paula”. Trata-se da opera que é sucesso de bilheteria em todos os lugares. Historicamente, a sua estréia ocorreu em 1875, no teatro Ópera Comique, na cidade luz de Paris (França) e, agora, ela é considerada a mais popular e a mais representada em todo o mundo. Aqui, o espetáculo foi coordenado pela Fundação Cultural Marina Lorenzo Fernandez, que teve direção musical e cênica da ilustre maestrina Maristela Cardoso. O brilhante elenco apresenta-nos os nomes de Christiane Franco (Carmen), Rodrigo Mourão (Don José), Annelise Cavalcante (Macaela), Roberto Mont’Sá (Escamíllo), Maria Odília (Frasquita), Elisabeth Oliveira (Mercedes), André Rabelo (Dancairo), Aloísio da Cruz (Remendado) e tantos outros.

Os dramaturgos montes-clarenses sempre buscam incorporar em seus trabalhos o fenômeno surpreendente da ilusão onde da realidade é inseparável. Foi neste sentido que o caminho da ópera de Georges Bizet nos apresentou recheado de cantos, de poesias e de muita imaginação. Para não invocar senão mais dois exemplos dessa inclinação o que se traduz numa prevalecente afirmação podemos afirmar ainda a parte musical e a dramatização como complementação. Na sinopse da peça, resumidamente, dissemos que Carmen é uma bela operária de uma fábrica de charutos, que conquista o coração de Don José com a interpretação de uma habanera. Nesse momento aparece a belíssima Micaela, mocinha da terra natal de Don José a contrastar com a cigana apaixonada nos seus desvios de conduta de mulher desejada. Carmen encontra um novo amante, o toureiro Escamíllo. No final ela se nega a ficar com Don José que a mata ao som de aplausos às verônicas em segundo plano. A bela cigana Carmen cai suavemente sobre os braços algozes do seu criminoso como uma donzela cheia de viço. Todavia, amargurado na tristeza, ele também cai de joelhos junto ao corpo de sua amada.

Nota-se bem que em certo momento do espetáculo a interpretarão dos autores prende o espectador pelo trágico e pelo sublime, um casamento perfeito da idéia lógica nos palcos da vida. E, foi por assim entender que, durante todo o percurso dos acontecimentos o narrador (Wanderlino Arruda) orientava a platéia com a leitura dos textos para uma melhor compreensão da peça. Ainda havia a questão da sintonia musical, em que iniciava a construção de uma estreita ponte entre a história criada por Bizet e o intercruzamento cênico dos atores, alguns ainda amadores, onde eles deixavam fluir o doce entretenimento que há muito era reclamado pelo grande público.

A expressão de alegria estampadas nas faces dos atores, também explodia nos aplausos emocionados de todos os espectadores. Quem esteve presente sabia que iria encontrar um espetáculo com cenários (Biolla) estrondosos e, por outro lado, uma representação arrebatadora. A história se desenrola em quatro locais típicos de Servilha, cativa o público desde as primeiras notas, até o desfecho dramático de todas as cenas.

Por outro lado, é de se notar que o espírito de coletividade sempre esteve ligado à história das artes de Montes Claros. Talvez seja por isso mesmo que “Montes Claros é a cidade da arte e da cultura”. Portanto, toda a equipe de Carmen, incluindo o seu elenco, trabalhou voluntariamente neste projeto. Em vista disso, queremos aqui externar o nosso respeito e a nossa admiração aos nossos fazedores de arte. Até porque o espetáculo foi um belíssimo espetáculo! Não cabe aqui analisar aspectos profissionais senão a realização de um almejado sonho. Como se vê, o que importa é notar a alegria estampada no semblante de cada um. Eis aí toda uma concepção de amor às artes e, em vista disso, o nosso aplauso e o nosso carinho para as atrizes Ana Valda, Olímpia Arruda e Suzana Amaral, em nome de quem cumprimentamos toda a equipe de Carmen. Parabéns!